ITINERÁRIO A ASSIS - 10


























Ontem (terça-feira, 4 de setembro), na renovação do nosso batismo na catedral de São Rufino,  junto à pia batismal na qual Francisco, Clara e Frederico II foram batizados, a celebração foi preparada pelo casal da OFS da Fraternidade de São Francisco das Chagas de Taubaté, SP, e pela Terezinha da Fraternidade de Paraibuna, SP. Hoje (quarta-feira, 5 de setembro), no tema  “Vocação e Despojamento”, Thereza, da Fraternidade Santa Clara de Petrópolis, José Marcos, de Taubaté, e Frei Sérgio, de Piracicaba, conduziram os momentos fortes de memória celebrativa. Tudo muito bem feito. Criatividade, unção e riqueza simbólica; bem a jeito da prece franciscana.

Na Praça do Bispo fizemos a celebração do Despojamento. Frei Sérgio destacou que Francisco nu tem a teologia da nudez presente no despojamento do Menino do Presépio; um Deus Encarnado que vem habitar o nosso modo de viver tomando a nossa pele e sublimando a nossa corporeidade. O Deus da Eucaristia que se faz despojado no Pão de todas as Mesas: o dar-se inteiro como Pão e Vinho, Corpo e Sangue. O Deus da Cruz, nu no madeiro, a máxima doação do Amor. Este modo total de um Deus se dar faz com que Francisco revista-se da Nudez daquele que apenas nos revestiu da mais pura graça.

Tivemos os nossos pés lavados no humilde gesto que repetiu o gesto de Jesus que se prostra no serviço caseiro: ser Mestre e Senhor é inclinar-se diante da vida. Saímos dali com a leveza de ir pelo mundo na paz do envio, na certeza da máxima doação, na comunhão com a Igreja que precisa de novos Franciscos, levando o mais ousado e despojado jeito de viver o Evangelho.

À tarde peregrinamos pelas expressivas Igrejas de Santo Estêvão, de Santa Maria sob Minerva e Abadia Beneditina de São Pedro. Momentos de entrar no recolhido espaço sagrado da prece, do silêncio e da reflexão. Falamos da arquitetura medieval: rude estética de pedra por fora, arte por dentro. Afrescos, iconografia, arte sacra moldando a harmonia da profundidade, da interioridade. Vimos os sacrários medievais: simples por fora, obra prima por dentro, símbolos da alma franciscana em sua sacralidade mais íntima. Contemplamos os detalhes da arte e sua nítida, colorida e real pregação.

 Rezamos e cantamos mantras e hinos. Ouvimos o silêncio das pedras a nos passar presença do mistério. Assim no nosso dia passou intenso. Este dia, quarta feira, 05 de setembro, terminou como começou: de altar em altar; isto porque, às 7h15, na Capela dos Peregrinos, uma igreja de 1247, abrimos nossa peregrinação diária com a Santa Missa. Mesa da Eucaristia, sacrários em todos os cantos nos mostrando a presença do Amado e mostrando para nós que Francisco rezou ali, abriu-se ao discernimento do Espírito ali, e dali para o mundo. Nos alimentamos de um Deus, do Pão Espiritual...e fomos...

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Comentários

Anônimo disse…
Lindo Frei, lindo, lindo, lindo!!!
As descrições são tão palpáveis que parece que estamos aí com vocês. Lindas fotos, maravilhosos lugares. Acompanhamos diariamente vossa caminhada. Estejam com Deus e com Francisco e Clara. Ficamos aqui em pensamento e em oração.
Paz e Bem a todos e todas, aproveitem, divirtam-se e recarreguem as baterias do espírito franciscano que habita em cada um de nós.
ALESSANDRO, MAIRA, OTÁVIO e HEITOR
Rosana Padial disse…
É uma graça viajar até Assis! Mas nós aqui no Brasil também somos agraciados quando lemos o diário de viagem, tudo nos alcança !!! A emoção CONTAGIA!!
Agradecida pela partilha!
Anônimo disse…
Maravilha Frei, uma beleza a vivência que estão tendo, também estou acompanhando tudo. Cada passo que o senhor escreve me remete a Assis e vejo com os olhos do senhor, sinto com todos os "corações". Melhoras para a faringite.

Tudo é graça, Deus os conduz!

Denise.
Anônimo disse…
Estar em Assis é uma profunda experiencia de estar no coração de Deus, pois acredito que Francisco sentia-se assim. E assim também sentimos! Boa peregrinação!
Ir. Juliana (SFMA)
Anônimo disse…
Estar em Assis, é estar no coração de Deus. Aí se pode experimentar Deus profundamente dentro da gente, pulsa como o nosso coração! Tudo fala de Deus e a gente silencia para escutá-lo. Boa peregrinação!
Ir. Juliana (Suore Del Giglio)