IDENTIDADE HUMANA FRANCISCANA - VIII

Isto me dá uma profundidade ao entusiasmo; não é um entusiasmo desenfreado, mas orientado, canalizado.

Basta ler Francisco e vamos perceber a Identidade Humana. É preciso ler para a gente se entusiasmar por uma compreensão. Que tipo de humano surge, então, de Francisco?

- Uma pessoa capaz de gesto heróico. O verdadeiro herói é um fio condutor que me leva à uma obra bem feita... e não ficar nunca satisfeito, dizer assim: "Parece que eu poderia ter feito melhor...”

“Até agora nada fizemos, vamos recomeçar!”

- Uma pessoa capaz de uma grande escuta. São os momentos de inspiração.

- “Francisco de Assis foi um jovem ardente e entusiasta; filho de uma das famílias mais distintas de Assis. Chamavam-no “Rei da Juventude”. Desde cedo, julgou-se um predestinado. Alguém o chamava dentro da obscuridade. Permaneceu atento a tudo. Queria descobrir o que se passava em seu interior. Envolto por aspirações profundas, ambicionava grandes coisas. Líder da mocidade, ingressou na cavalaria, pois queria ser um nobre cavaleiro. Era simples, autêntico, transparente. Vivia em constante disponibilidade. Encantava-se por tudo o que fosse belo, nobre. Era sensível a todos os acontecimentos. Tinha anseios de servir. Nada o satisfazia. Os questionamentos continuavam a persegui-lo. Buscava, afanosamente uma resposta. Nesta busca, vai além daquilo que a comodidade lhe oferecia. Era um insatisfeito, enquanto não percebia o caminho que devia seguir. Um despretencioso, enquanto se deixava conduzir pela voz que lhe vinha em seu interior” (in “Mensagens para o nosso tempo”, Serpal/Vozes, vol. 35,1976)

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