A Compreensão Franciscana do Homem - 13ª parte
4. O “Homo Viator”
Outra característica do medieval é aquela de sentir-se um viandante, um peregrino, sempre a caminho, sempre em viagem neste mundo, na sua vida, no seu espaço, no seu tempo. É o “Homo viator” que procura o seu destino de vida e de morte e vai andando, segundo suas escolhas, rumo à eternidade. Le Goff nos lembra que na paisagem medieval “paradoxalmente até o monge caminha, ele que, ligado por vocação à clausura, vai frequentemente pelas estradas. No século XIII, os frades da Ordem dos Mendicantes, com Francisco à frente, estavam sempre “in via”, na estrada, como nos seus conventos” (17)O medieval é um peregrino por excelência, por vocação, por essência, por risco. Os três lugares mais importantes de peregrinação eram: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela, sem contar os outros inúmeros santuários. Cada ser humano era um peregrino em potencial com toda a sua riqueza simbólica. A estrada torna-se lugar para medir a estabilidade, a moral, a salvação, o espírito errante, missionário, vagabundo. (18)
(17) Ibidem, 8
(18) G. B. Ladner, Homo Viator: Medieval Ideas on Alienation and Order, Speculum 63 (1967) 235.
Imagem do Santuário de Santiago de Compostela
Outra característica do medieval é aquela de sentir-se um viandante, um peregrino, sempre a caminho, sempre em viagem neste mundo, na sua vida, no seu espaço, no seu tempo. É o “Homo viator” que procura o seu destino de vida e de morte e vai andando, segundo suas escolhas, rumo à eternidade. Le Goff nos lembra que na paisagem medieval “paradoxalmente até o monge caminha, ele que, ligado por vocação à clausura, vai frequentemente pelas estradas. No século XIII, os frades da Ordem dos Mendicantes, com Francisco à frente, estavam sempre “in via”, na estrada, como nos seus conventos” (17)O medieval é um peregrino por excelência, por vocação, por essência, por risco. Os três lugares mais importantes de peregrinação eram: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela, sem contar os outros inúmeros santuários. Cada ser humano era um peregrino em potencial com toda a sua riqueza simbólica. A estrada torna-se lugar para medir a estabilidade, a moral, a salvação, o espírito errante, missionário, vagabundo. (18)
(17) Ibidem, 8
(18) G. B. Ladner, Homo Viator: Medieval Ideas on Alienation and Order, Speculum 63 (1967) 235.
Imagem do Santuário de Santiago de Compostela
Amanhã, a continuação deste artigo
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