NOVOS DESAFIOS PARA UM VELHO TEMA: A FORMAÇÃO FRANCISCANA - 4



2 - RESISTÊNCIAS A UMA FORMAÇÃO INSTITUCIONALIZADA
  
>> Sempre vemos a Formação Franciscana a partir do ponto de vista do outro (a). Formadores (as) marcam a nossa vida para sempre, positivamente ou negativamente. Alguns são feridos do sofrimento do passado. Pode tornar-se uma relação de amor e ódio. Não estou de acordo com suas ideias, mas qual é o meu conceito de formação? Não estou de acordo com sua ideia, mas sou seu irmão (ã).

>> Uns são lógicos, outros são críticos, alguns proféticos, muitos santos. Uns atualizam-se outros não têm abertura para mudanças ou para escutar o diferente.

>> Somos acostumados a medir o sucesso. Na escola, isto é mais fácil; mas como medir o sucesso quando a Formação Franciscana é um processo para toda a vida? Não precisamos medir sucesso, temos é que ser fiéis.

>> Medo de perder a segurança do velho sistema e organização (perder o controle, o poder, o status). Não querer mudar o modo de pensar. Não querer envolver-se como pessoa para não mostrar a própria vulnerabilidade.

>> “Isto eu já sei!”; “Isto eu já conheço!”. Viver num plano superior; já sabe de tudo, vive no andar de cima sem querer conhecer o andar de baixo; sabe muito, mas não consegue entender o que é a Pobreza.

>> A nossa Formação Franciscana corre o risco de ser muito espiritual, muito abstrata. Em São Francisco não era assim, o humano e o mundo emergem com naturalidade. Ele tinha um modo interdisciplinar, isto é, uma visão mais holística da vida; uma FF que leve a um modo amplo de viver. Se o Franciscanismo é a religião da Encarnação (cfr. CBCMF), a Encarnação é holística.

>> Não ter medo da riqueza do grupo, do peso da responsabilidade, da Formação Franciscana imposta, mas ter a coragem de questionar quando a FF é apenas intelectual e cerebral e não vem do coração. Não pode ser teórica informativa, tem que ser experiencial formativa.

* O método tem que envolver toda a pessoa.
* Há muito improviso.
* Falta desejo e sonho.
* Distanciamento entre programa e vida.
* Não se abraça como um dever para toda a vida.
* Interroga-se mais os métodos do que os conteúdos.
* A FF não pode ser apenas o que está na cabeça do Formador (a).

Continua


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