FRANCISCO ENSINA SUPERAR O EGOÍSMO
Nas Admoestações XII, diz Francisco: “Assim se pode conhecer se o servo de Deus tem o espírito do Senhor: se seu eu não se exaltar, quando Deus realizar por meio dele algum bem – porque o eu é sempre contrário a todo bem – mas antes se considerar o mais desprezível e se avaliar como menor do que todos os outros homens”. Aqui aparece a compreensão que Francisco tem do Espírito do Senhor, que tem que superar em nós o espírito da carne, que é o egoísmo. O espírito do egoísmo é oculto, sutil, forte, e muito difícil de vencê-lo, descobrir e desmascarar. O espírito do egoísmo não poupa os bons, para que pensem que o bem que fazem é obra sua e não um dom da graça.
Corremos o risco de nos considerarmos melhores que os demais. Mas quem tem o Espírito do Senhor e o seu Santo modo de operar é humilde e se considera menor entre os menores. Exagero? Não! É caminho de quem conhece melhor a bondade do Senhor e por isso mesmo tem melhor consciência do próprio egoísmo. Por causa disso Francisco de Assis julga muito a si mesmo, mas não os demais. Olha a si mesmo controlando qualquer ostentação e egoísmo, olha os outros sob o filtro do olhar da graça do Senhor.
Nos conta Tomás de Celano qual era sua atitude quando o louvavam como santo: “Esforçava-se por esconder no arcano de seu peito os bens do Senhor, não querendo expor à glória o que poderia ser causa de ruína. Muitas vezes, de fato, quando era exaltado por muitos como santo, respondia palavras deste tipo: “Ainda posso ter filhos e filhas; não me louveis como se estivesse salvo! Não se deve louvar ninguém cujo êxito é incerto. Sempre que aquele que concedeu o empréstimo quiser tirar o que foi concedido, só restarão o corpo e a alma, coisas que também um infiel possui”. Na verdade dizia estas coisas aos que o louvavam. – E a si dizia assim: “Tivesse o Altíssimo concedido tantos bens a um ladrão, este seria mais grato do que tu, Francisco” (2Cel 133).
Continua
Corremos o risco de nos considerarmos melhores que os demais. Mas quem tem o Espírito do Senhor e o seu Santo modo de operar é humilde e se considera menor entre os menores. Exagero? Não! É caminho de quem conhece melhor a bondade do Senhor e por isso mesmo tem melhor consciência do próprio egoísmo. Por causa disso Francisco de Assis julga muito a si mesmo, mas não os demais. Olha a si mesmo controlando qualquer ostentação e egoísmo, olha os outros sob o filtro do olhar da graça do Senhor.
Nos conta Tomás de Celano qual era sua atitude quando o louvavam como santo: “Esforçava-se por esconder no arcano de seu peito os bens do Senhor, não querendo expor à glória o que poderia ser causa de ruína. Muitas vezes, de fato, quando era exaltado por muitos como santo, respondia palavras deste tipo: “Ainda posso ter filhos e filhas; não me louveis como se estivesse salvo! Não se deve louvar ninguém cujo êxito é incerto. Sempre que aquele que concedeu o empréstimo quiser tirar o que foi concedido, só restarão o corpo e a alma, coisas que também um infiel possui”. Na verdade dizia estas coisas aos que o louvavam. – E a si dizia assim: “Tivesse o Altíssimo concedido tantos bens a um ladrão, este seria mais grato do que tu, Francisco” (2Cel 133).
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