PORQUE SOU LIVRE, SOU RESPONSÁVEL - IV
Ser livre é ser simples. É guardar a força e a visão da decisão, da compaixão, pelo caminho da cordialidade e da simplicidade. O coração é o ser humano inteiro. O simples é inteiro. O complicado aumenta suportes. Francisco saiu da tutela da casa de seu pai porque não queria produzir riquezas, queria produzir sonhos de uma vida mais simples e livre.
Ser livre é deixar de ser indivíduo para voltar a ser sujeito. Indivíduo não é a mesma coisa que sujeito. O mundo hoje cria um indivíduo com a obrigação de produzir, mas anula o sujeito que poderia decidir com mais criatividade. O mundo mercantilizado de hoje promete o sujeito, mas produz o indivíduo. O indivíduo é isolado. É mais um na multidão. Não tem nenhum diferencial. É boi na boiada. É apaixonado por si mesmo ou pelo patrão. O sujeito é mais forte. Não é sozinho. É apaixonado por projetos. Tem a consciência de que é um agente de transformação. Faz a diferença. Tem a consciência de que é um sujeito histórico, a sua vida é uma missão de Ser, um tornar-se, uma promessa, uma chance de ser a mais.
Como enfrentar um panorama com tanta individualidade e poucos sujeitos? O indivíduo é escravo da tecnologia. O sujeito olha a realidade. O individuo ama e usa o objeto. O sujeito convive com as coisas. O indivíduo dessacraliza o real; o sujeito sabe da vida e constrói o seu saber pela observação do real. O indivíduo morre e envelhece a partir do momento que tem medo. O sujeito vive superando os medos e abrindo um caminho de esperança.
Continua
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