Francisco de Assis, terapeuta da humanidade - II


Vejamos alguns pontos para fundamentar a postura de Francisco de Assis como Terapeuta:

Quando estamos perdidos, procuramos um caminho. Francisco nos convida a um caminho de transformação e de reconstrução. Entrar num caminho de transformação não é estar à procura do fantástico e do extraordinário, mas é aprender a fazer de maneira certa grandes coisas pequenas.

Se hoje estudamos, de modo científico, a vida dos santos e sábios, é porque eles têm algo a nos ensinar sobre o verdadeiro ser humano.

Nós estudamos demais o ser humano a partir de suas doenças, quando poderíamos conhecê-lo melhor a partir de seu estado de realização. Francisco de Assis é um Santo realizado, de bem com a vida, reconciliado até com a própria morte. “Cantando cantigas de amor, ele morreu”.

Francisco de Assis é o Santo convertido: mudança de vida, mudança de consciência e mudança de lugar.

Ele mostra para nós que a divindade queima em nossa humanidade, não destrói a nossa humanidade, mas a ilumina por dentro.

Ele fez-se um pobre, assumiu o mundo dos leprosos, compartilhou com eles sua vida, fez-se um leproso. Bem diferente daqueles que criam uma obra para servir leprosos e não entram nela, ficam de fora.

Francisco de Assis não é mais apenas dos franciscanos, nem mais apenas da Igreja, nem é mais do Ocidente. Ele é um arquétipo da humanidade e como arquétipo, ele sempre renasce, sempre vive, sempre ganha novas figurações. Transformou-se no arquétipo do humano cordial que abraça todos os seres e com eles se identifica.

Continua

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