A propósito do Jubileu de Santa Clara - II
Clara de Assis foi a primeira mulher na história da Igreja a escrever uma Regra de Vida para suas Irmãs. Por muitos anos, as Clarissas não possuíam uma Regra própria, original, bem a jeito do seu inconfundível Carisma. Não tinham mesmo? Não era bem assim. Viviam o Evangelho radicalmente, escutando o Mestre e refazendo a sua Boa Nova. Seguiam exemplo e ensinamentos de Francisco. Amavam os frades primitivos numa forte experiência fraterna. Existe Regra maior e melhor? Mas, às vezes, é difícil para o jeito canônico perceber Regra de Vida na naturalidade da palavra encarnada. O Concílio de Latrão, de 1215, proibiu a fundação de novas Ordens. Clara e Clarissas eram uma clara novidade. Como poderia uma mulher e suas mulheres companheiras viveram sem uma Regra que tivesse um dedinho do canonista? Tiveram que aceitar a forte e bela tradição da Regra Beneditina. Clara aceitou, mas pediu muito ao Papa Inocêncio III que as deixassem viver a Pobreza do modo mais radical possível. Conseguiu o “Privilegium Paupertatis”. Santa Regra de Vida viver sem estar presa a nada! Livre de tudo! Possuindo apenas a única riqueza necessária: a capacidade de amar!
Clara sonhava uma Regra parecida com a Ordem dos Frades Menores. Não como cópia, mas como um forte senso de unidade. Ela e Francisco já haviam trocado alma, conversas, ideias, bilhetes e certezas: é preciso escrever uma Forma de Vida na qual se garanta a mais pura observância da perfeição evangélica. Frades e Clarissas assegurando um único projeto de vida. E Francisco, então, escreveu uma Forma de Vida para Santa Clara que diz assim: “Visto que por divina inspiração vos fizestes filhas e servas do altíssimo e sumo Rei, o Pai celeste, e desposastes o Espírito Santo, escolhendo viver segundo a perfeição do santo Evangelho, quero e prometo, por mim e por meus irmãos, ter sempre por vós diligente cuidado e especial solicitude, assim como tenho por eles”( Cfr. FF pág. 128). Esta foi a Regra primeira e de um cuidado amoroso e originalidade fraterna impressionante! E Clara escreve em seu Testamento: “Para maior segurança, tive a preocupação de conseguir do senhor Papa Inocêncio, em cujo tempo começamos, e dos seus outros sucessores, que corroborassem com os seus privilégios a nossa profissão a santíssima Pobreza, que prometemos aos Senhor e ao nosso bem-aventurado pai, para que, em tempo algum, nos afastássemos dela de maneira alguma” (TestC 42). Estas palavras de Clara e Francisco eram a base da sonhada Regra definitiva. Mas isto não foi conseguido de imediato. Entender a força originante de uma Forma de Vida demora anos!
Continua
Clara sonhava uma Regra parecida com a Ordem dos Frades Menores. Não como cópia, mas como um forte senso de unidade. Ela e Francisco já haviam trocado alma, conversas, ideias, bilhetes e certezas: é preciso escrever uma Forma de Vida na qual se garanta a mais pura observância da perfeição evangélica. Frades e Clarissas assegurando um único projeto de vida. E Francisco, então, escreveu uma Forma de Vida para Santa Clara que diz assim: “Visto que por divina inspiração vos fizestes filhas e servas do altíssimo e sumo Rei, o Pai celeste, e desposastes o Espírito Santo, escolhendo viver segundo a perfeição do santo Evangelho, quero e prometo, por mim e por meus irmãos, ter sempre por vós diligente cuidado e especial solicitude, assim como tenho por eles”( Cfr. FF pág. 128). Esta foi a Regra primeira e de um cuidado amoroso e originalidade fraterna impressionante! E Clara escreve em seu Testamento: “Para maior segurança, tive a preocupação de conseguir do senhor Papa Inocêncio, em cujo tempo começamos, e dos seus outros sucessores, que corroborassem com os seus privilégios a nossa profissão a santíssima Pobreza, que prometemos aos Senhor e ao nosso bem-aventurado pai, para que, em tempo algum, nos afastássemos dela de maneira alguma” (TestC 42). Estas palavras de Clara e Francisco eram a base da sonhada Regra definitiva. Mas isto não foi conseguido de imediato. Entender a força originante de uma Forma de Vida demora anos!
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