O ANO SANTO DA MISERICÓRDIA - Perspectivas Franciscanas - 10


Qualquer indigência (Francisco ia sempre ao indigente como um indigente), como extrema necessidade, gera um ato de misericórdia. É uma questão de não só aliviar, mas resolver o problema dos sofrimentos, incômodos, injustiças, necessidades, ignorância, violência e agressividade, preocupações e tensões, procurar diminuir ou erradicar a miséria espiritual, a miséria física, a miséria afetiva e a miséria material e social. A misericórdia atinge o corpo e o espírito. Podemos buscar argumentos bíblicos na clássica Parábola do Pai Misericordioso e o Pródigo Filho que experimenta a sua misericórdia, Lc 15, 11-32. Podemos citar e comentar Dt 32,11; Rm 8,15; Jo 1.18; Hb 1,1, que revelam o que os textos bíblicos e nossas Fontes Franciscanas confirmam:

A misericórdia do Senhor é inesgotável. Que Ele manifesta infinita alegria para cada filho ou filha que volta; que lança mão de todos os meios para recuperar seus filhos. Ele é o Pastor que busca a ovelha perdida. Como uma mãe voa sobre o filhote quando este cai do ninho. Encarna-se como a maior prova de amor e misericórdia. Ele é o “Pai da misericórdia” como diz São Paulo ( 2Cor 1,1-7 ). Ele é o Deus de infinita compaixão que ama muito intimamente. Sua misericórdia é sem limite no tempo (Sl 100). É imensa! Sem lugar nem espaço; é universal, não se limita a um povo ou a uma raça.

Olhemos o que dizem nossas Fontes:  “(...) a Ele que nos criou, nos remiu e somente por sua misericórdia nos salvará” (Rnb 23,8).

“Aquele a quem foi confiada a obediência e que é tido como maior seja o menor e servo dos outros irmãos. E faça e tenha misericórdia para com cada um dos irmãos, como gostaria que se lhe fizesse se estivesse em caso semelhante” ( 2 Carta aos Fiéis 42 e 43).

Continua

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