REFLEXÕES SOBRE A DIMENSÃO POLÍTICA DO FRANCISCANISMO – 18


O Evangelho da Libertação é esperança e alegria para todos!


Viveram com esperança e alegria, mesmo diante da dura pobreza. Há algo novo que surge em meio ao sofrimento: ser livre! A liberdade de doar-se, a liberdade de viver junto, a liberdade de amar, tudo isto venceu as estruturas de morte. A liberdade trouxe a alegria, a alegria que brotou de uma certeza: qualquer sofrimento pode ser superado! Sofrer pela causa da vida traz alegria em meio a dor. A morte não é a última palavra e decisão de uma história. Francisco de Assis acolhe a Irmã Morte com serena alegria, porque sabe que lutou muito para que tantos tivessem a vida prolongada. A esperança e a alegria sempre foram a certeza da presença palpável da força de Deus que os conduzia. O Evangelho da Libertação é esperança e alegria para todos!

Por serem pobres entre os pobres conheceram a pobreza espiritual e a repulsa à pobreza criada pela injustiça. Desprenderam-se dons bens deste mundo para terem um testemunho de credibilidade. A força pessoal da escolha pela renúncia de bens e de privilégios deu força comunitária, uma fome de comunhão e participação. Não usaram a ascese exagerada de alguns penitentes que reprimiam o afeto, o princípio do prazer e da potencialização do eros. A partir da Fraternidade amaram-se como irmãos e irmãs. Assumir o outro e a outra na vida do dia a dia é sublimar o amor nos detalhes da convivência. Não eram de movimentos que funcionam apenas nos finais de semana. Hoje está cheio de movimentos que funcionam apenas uma vez por semana e não assumem o dia a dia. No dia a dia não reprimiram nada, apenas lutaram com forças negativas que oprimem por dentro e por fora. Curtiram a força do amor comum, um relacionamento novo que os levou cheios de amor para a sociedade e especialmente em direção aos pobres.

CONTINUA...

FREI VITÓRIO MAZZUCO

Comentários