ITINERÁRIO A ASSIS - 25

























O tema de hoje, quinta-feira, dia 20/09, foi “Nossa Profissão de Fé”, e iniciamos bem cedo, chegando à Basílica de São Pedro, às 7 horas, para celebrar na Cripta, junto aos túmulos dos Papas, e bem perto onde estão os restos mortais do grande apóstolo e primeiro Papa da Igreja. Na Capela Lituana, sob o olhar da Mãe de Deus, celebramos a Eucaristia, onde confirmamos a nossa fé no Credo da Igreja que abraçamos.

A missa foi participada com recolhimento, emoção e quase à meia voz, pois estávamos como que não acreditando que estávamos ali, nos alicerces da nossa Comunidade Cristã e na força original e originante da Igreja Primitiva. Após a celebração, tivemos a manhã livre para visitar os Museus do Vaticano, a Capela Sistina e os arredores da Praça São Pedro.

À tarde chegamos às Catacumbas de São Calisto. São do século II, cemitérios subterrâneos, lugares de ritos fúnebres, e expressivo culto aos mortos, sepultura dos Mártires; e nas perseguições, lugar ajeitado para celebrar a Eucaristia, embora os cristãos não usassem as catacumbas para se esconderem, pois o Império Romano sabia muito bem onde elas se encontravam. Aqui é o Santuário dos Mártires e uma referência de peregrinação da Igreja nascente. É o estar junto na vida e na morte. O lugar da evidência dos símbolos primitivos cristãos.

Entramos pelas galerias, lugar de repouso, dormitório, cemitério, uma vale cavado (daí é que vem o termo catacumba = cavidade) nas entranhas da terra, onde se evidencia a alma que já vive na divina paz. Ali, todos os sinais de que não se enterra a fé, mas que ela brota da força comunitária, vence as perseguições e floresce regada com o sangue dos mártires.

Nas paredes, fragmentos do poema do papa Dâmaso: “(...) aqui repousa unida uma multidão de Bem-aventurados. As sepulturas venerandas conservam os corpos dos Santos, mas a casa real do celeste arrebatou para si as almas eleitas”. Guiados pelo simpático, espirituoso e competente Pe. Antônio, SDB, vimos sarcófagos, cubículos, criptas, altares, o Bom Pastor, o Orante, o Monograma de Cristo (XP entrelaçados), o Peixe, a Pomba, o Alfa e Ômega, a Fênix, a Âncora, as Lâmpadas de óleo, o corredor dos Sacramentos, destacando o Batismo e a Eucaristia, a Escada dos Mártires... Entramos e saímos pela Via Appia, um voltar ao tempo primitivo da nossa fé mais pura e coerente. As Catacumbas não significam a morte, mas o Cristianismo mais corajoso e ressuscitado, uma Fé viva que fez estrada e preencheu a terra. Que aula de Iniciação tivemos hoje neste lugar!

Das Catacumbas de São Calisto fomos à Basílica de São Paulo fora dos Muros. Segundo a tradição, São Paulo Apóstolo está sepultado debaixo do altar mor, o Altar Papal. Um igreja exuberante, harmoniosa, belíssima! Igreja da Porta Santa dos Anos Jubilares. Igreja dos peregrinos. Aqui se vem para confirmar a Fé.  É uma igreja do século XVIII, construída sobre outra que era da época paleocristã. Vimos as imagens de todos os Papas, desde Pedro até Bento XVI desenhadas na parte superior. Fizemos nosso momento oracional bem baixinho, quase que silenciosamente no Túmulo de São Paulo, o Apóstolo das Gentes, sob o fundo orante e cantante dos Beneditinos, que naquele momento, rezavam gregorianamente as Vésperas. Que dia! Que dia!

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Comentários

Denise Pires disse…
Que beleza Frei Vitório! Celebrar dentro no Vaticano, na Cripta, sob o olhar de Nossa Senhora, mãe da Igreja e nossa mãe. Rezar o Credo, nossa Profissão de Fé na Igreja que abraçamos e que nos abraça, estando no âmago da Santa Sé, Depois as Catacumbas, tão significativo testemunho cristão, e ver todos os maravilhosos e amados símbolos cristãos (adoraria ver o XP nesse local). E então, São Paulo extra-muros, que maravilha, rezar baixinho com as vésperas gregorianas dos Beneditinos ao fundo. . . Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Vivas por esse dia de vocês.

Abraços para todos.
Denise.