A dimensão solidária do projeto franciscano -
Final

Com Francisco aprendemos que ser solidário é a identificação com a Pobreza e com o pobre; que ser solidário é ser irmão e irmã de todos, ver o mundo no coração da experiência de alguém que está experimentando uma grande carência. Isto é que transforma as práticas e o modo de estar no mundo, tornando “o amargo em doçura de corpo e alma” (Test 3).
Francisco não está preso aos projetos do mundo. Ele se recusa a ter um pensamento utilitarista, isto é, ter o melhor uso dos recursos para o melhor funcionamento dos sistemas; um processo que continua industrializando e mercantilizando mentes e corações (cf. o filme “Quanto vale ou é por quilo?” de Sérgio Bianchi). Ele é um pobre, um livre, um diferente, um irmão que mostra que a verdadeira solidariedade é apontar para a desumanidade; é notar a negatividade e as injustiças presentes nos processos sociais e lutar contra isso; questionar as promessas que o sistema faz e não cumpre; deixar as pessoas falarem; educar para a originalidade; cuidar da singularidade da pessoa para que ela seja cada vez mais ela mesma e não apenas vítima; pregar é viver a sensibilidade, a fineza, a cordialidade; ser um instrumento da paz, e paz é garantir a quem precisa o melhor!
Com Francisco, temos a inspiração para transformar, viver e praticar a solidariedade como Serviço!

Este artigo foi publicado na Revista do Sefras de 2006

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