EVANGELIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO - 6

 


1.2- Evangelizar com ousadia e profecia

Evangelizar a partir do bom exemplo e das obras. Nossas ações não são apenas reflexos das nossas competências pedagógicas e administrativas, mas são sinais, gestos concretos de uma ação que é testemunho de vida. É a nossa constante Epifania. Revelar quem somos nós! Nosso Carisma e Missão é a nossa mística de serviço e não apenas um belo cartaz na parede. 

O Papa Francisco retoma o jeito de Pedro e tira o papado do pedestal. Nós temos que nos inspirar nele e tirar o orgulho e o poder de quem tem poder, de quem tem o poder de ter, de quem tem o poder do saber, para a beleza do colocar tudo em comum. Evangelizar é ser um cuidador dos desejos e necessidades.

Não podemos fazer em nossas unidades educativas apenas uma catequese disfarçada, uma extensão da paróquia, com usos e vícios clericais, uma mistura de tudo que achamos que é Ensino Religioso ou Formação Religiosa. Ou então a redução a festivos e burocráticos Eventos Religiosos. Não! Temos muitas coisas feitas assim e nem questionamos a qualidade ou o despreparo de quem faz. Para evangelizar não basta apenas saber ler bem, falar, apresentar, cantar, dançar ou tocar um instrumento. 

Mas é preciso estar na escuta de um Grande Valor, na Boa Vontade, na Vontade bem trabalhada e na Obediência: Deus está pedindo algo novo e eu faço! “Senhor, que queres que eu faça?” (LTC 5).

Como imaginamos o nosso aluno entrando em nossa Universidade? Como imaginamos o aluno saindo de nossa Universidade?  Um humano evoluído e bem formado em sua totalidade; consciente que nossa missão e valores o moldaram? Um Iniciado para o resto da vida? Alguém preparado para ter um caminho de fé, um diálogo com o mundo e o ambiente, possuidor de uma nítida e engajada cidadania? 

Ele usará em sua língua o que o ajudamos conquistar com a mente, coração e com as mãos? Evangelizar é construir pontes para uma educação integral, com métodos fortes, convictos, celebrativos, interativos e simbólicos. O novo paradigma da evangelização é que ela tem que ser interativa. Encontrar o espaço evangelizador, atingir a consciência, o afeto, e ter participação sócio-política e religiosa, na realidade local e global.

FREI VITORIO MAZZUCO

CONTINUA

Imagem: Retiro na USF


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