BELOS PENSAMENTOS DAS FONTES FRANCISCANAS - 7

“Empregava todo o seu tempo nessa ocupação (oração), para gravar a sabedoria em seu coração, porque, se não estivesse sempre progredindo, achava que estava regredindo. Quando era impedido por visitas seculares ou por outros assuntos, interrompia-os antes do fim e voltava para o retiro. Para ele, que se alimentava da doçura celeste, o mundo era insípido. As delícias celestiais tinham-no tornado incapaz de suportar as coisas grosseiras dos homens. Procurava sempre um lugar onde pudesse entregar a Deus não só o espírito mas todo seu corpo. Quando estava em lugares públicos e era visitado de repente pelo Senhor, para não ficar sem cela, fazia um pequeno abrigo com seu própria capa. Às vezes, quando estava sem capa, para não perder o maná escondido, cobria o rosto com as mangas.” (2Celano 61,94


“Quem poderá exprimir a caridade ardente que abrasava o coração de Francisco? Parecia inteiramente devorado como um carvão ardente, pelas chamas do amor de Deus. Logo que ouvia falar do amor do Senhor, ele se empolgava, ficava comovido, inflamado, como se a voz que ressoava externamente fosse um arco a fazer vibrar internamente as cordas do seu coração.” (Legenda Maior 9,1)

“A oração era também uma defesa, pois persistindo nela, fugia de confiar em suas próprias capacidades, punha toda a sua confiança na bondade divina, lançando no Senhor os seus cuidados. Sobre todas as coisas, dizia, deve o irmão desejar a graça da oração e incitava os seus irmãos por todas as maneiras possíveis a praticá-la zelosamente, convencido de que ninguém progride no serviço de Deus sem ela.” (Legenda Maior 10,1)



Imagem de El Greco

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