ESPIRITUALIDADE PARA UMA VIDA VIRTUOSA – 19
O invisível e o visível, a essência, a medula, a profundidade tomam forma, quantidade, cor e qualidade. Sai de si e atinge o humano. Como um ato amoroso da vida toma forma num corpo. Torna-se figura, imagem. Como? Com o vigor da simplicidade, da transparência. Para isso é preciso saber sentir, escutar e ver. Sensibilidade à flor da pele, a Palavra nos ouvidos e a Imagem nos olhos. Perceber e amar. Escutar e crer. Ver e professar. Disto surge uma bela e boa espiritualidade. Para o franciscanismo ver, falar e escrever e igual a pintar. As virtudes do belo e do bom nos fazem artistas que esculpem e pintam o mais belo quadro da Paisagem do Humano e da Paisagem do Divino. Somente assim a palavra ressoa e refulge, encarna-se, plastifica-se. Somente assim podemos compreender Francisco, o canto das criaturas. Francisco não quer possuir as criaturas, mas cantar o valor e a beleza que elas possuem. É a arte de conhecer e reconhecer os dons e as virtudes da existência. Reconhecer é fazer então uma nova criação. Recriar com o Criador. É perceber que o Belo é alegria e o Bom uma sabedoria criadora; enfim, é ver todo o criado impregnado de Beleza. Para o franciscanismo, o humano é a sinfonia de Deus e por isso deve conquistar a harmonia espelhando-se na harmonia do natural.
Quando alguém é unificado por uma intensa experiência afetiva e espiritual torna-se uma fonte. O movimento franciscano, que brota da estética do belo e do bom, tem sua base em alguém: a experiência concreta e vital de Francisco de Assis, um homem de coração enamorado pela vida e pelo Deus da vida! O seu forte amor progressivo e cheio de energia faz com que ele e seus seguidores e seguidoras tornassem criadores e criativos. Daí surge uma arte de viver. A fonte da Arte Franciscana é a paixão. O apaixonado é sensível, antenado, real e contemplativo. Escolhe o natural e transforma o natural numa linguagem. O natural sempre nos atinge e nos refaz. Existe a Beleza do Simples? O que é a Beleza do Simples? É descobrir e fazer aparecer o modesto em sua força. Uma fragilidade que é potência. A grandiosidade da vida, do mundo e das pessoas só é dada para quem tem os olhos voltados para esta Beleza.
Queria abrir, neste ponto da reflexão, um fato que a meu ver é um fenômeno que vem do Belo e do Bom. São Francisco é o santo mais representado na iconografia. Podemos ir muitas feiras de artesanato, em lojas de artigos para presentes, em loja de antiguidades e outros objetos de decoração, em lojas de artigos religiosos, em bancas de artistas autônomos e anônimos, em galeria de artes e em muitas exposições de pintura e escultura, sempre estará ali uma imagem, um quadro, um banner, um pôster, um arranjo com São Francisco. Muitos artistas, religiosos ou não, o moldam e pintam. Por quê? Será por que há estudiosos do fenômeno religioso que o apontam como o maior herói religioso depois de Jesus Cristo? Ou porque ele é um arquétipo humano, o melhor de nós, uma expressão cristalina das virtudes que sonhamos, o humano divino que gostaríamos de ser. Ele, no seu modo de ser natural, foi pródigo, nobre, jovial, cordial, magnânimo, penitente, generoso, amigo, cavaleiro, terno e fraterno. Criou uma revolução de amor e, por isso mesmo, tornou-se um reformulador social e eclesial. Permanece para sempre nas representações da humanidade porque tinha consciência historial, vive intensamente a sua época e mostra algo de novo para o seu tempo. Um homem cheio de encontro, de amor, de brilho, sem cair no pieguismo. Para o povo e para os artistas, ele é a visualização das virtudes que gostaríamos de ter e que podemos ter. Ele é a teologia da imagem. O que é a teologia da imagem?
Continua
Quando alguém é unificado por uma intensa experiência afetiva e espiritual torna-se uma fonte. O movimento franciscano, que brota da estética do belo e do bom, tem sua base em alguém: a experiência concreta e vital de Francisco de Assis, um homem de coração enamorado pela vida e pelo Deus da vida! O seu forte amor progressivo e cheio de energia faz com que ele e seus seguidores e seguidoras tornassem criadores e criativos. Daí surge uma arte de viver. A fonte da Arte Franciscana é a paixão. O apaixonado é sensível, antenado, real e contemplativo. Escolhe o natural e transforma o natural numa linguagem. O natural sempre nos atinge e nos refaz. Existe a Beleza do Simples? O que é a Beleza do Simples? É descobrir e fazer aparecer o modesto em sua força. Uma fragilidade que é potência. A grandiosidade da vida, do mundo e das pessoas só é dada para quem tem os olhos voltados para esta Beleza.
Queria abrir, neste ponto da reflexão, um fato que a meu ver é um fenômeno que vem do Belo e do Bom. São Francisco é o santo mais representado na iconografia. Podemos ir muitas feiras de artesanato, em lojas de artigos para presentes, em loja de antiguidades e outros objetos de decoração, em lojas de artigos religiosos, em bancas de artistas autônomos e anônimos, em galeria de artes e em muitas exposições de pintura e escultura, sempre estará ali uma imagem, um quadro, um banner, um pôster, um arranjo com São Francisco. Muitos artistas, religiosos ou não, o moldam e pintam. Por quê? Será por que há estudiosos do fenômeno religioso que o apontam como o maior herói religioso depois de Jesus Cristo? Ou porque ele é um arquétipo humano, o melhor de nós, uma expressão cristalina das virtudes que sonhamos, o humano divino que gostaríamos de ser. Ele, no seu modo de ser natural, foi pródigo, nobre, jovial, cordial, magnânimo, penitente, generoso, amigo, cavaleiro, terno e fraterno. Criou uma revolução de amor e, por isso mesmo, tornou-se um reformulador social e eclesial. Permanece para sempre nas representações da humanidade porque tinha consciência historial, vive intensamente a sua época e mostra algo de novo para o seu tempo. Um homem cheio de encontro, de amor, de brilho, sem cair no pieguismo. Para o povo e para os artistas, ele é a visualização das virtudes que gostaríamos de ter e que podemos ter. Ele é a teologia da imagem. O que é a teologia da imagem?
Continua
Comentários
paz e bem
Juraci alves