ESPIRITUALIDADE PARA UMA VIDA VIRTUOSA – 17
Por que virtudes tipicamente franciscanas? Por ser o modo, o ponto de vista, ou melhor, o ponto de partida, da aventura do Espírito para elucidar o sentido da vida. É o dever ser, a força ética, o jeito próprio de morar e reconstruir a moradia. O “ethos” franciscano tem um jeito típico de educar, disciplinar, cultivar uma identidade sonhada. É o “eu devo”, “eu posso”, “eu quero” percorrer um caminho virtuoso. “De boa vontade o farei, Senhor! ( LTC, 13). É formar-se, de olho nas Fontes Franciscanas e Clarianas, perceber a força que deu qualidade a um grupo humano nobre, fraterno, humano e divino ao mesmo tempo. Elas brotaram da verdade de quem olhou as manifestações do Espírito, abraçou como comprometimento a Boa Nova, as virtudes do Evangelho, Jesus Cristo, Francisco de Assis, Clara de Assis e a essência do humano que daí se revela. Melhorar o humano é entrar numa escola de virtudes e dar um acabamento melhor ao humano, experimentando o que a experiência franciscana traçou e viveu como projeto de vida. Nem sempre sozinho conquisto uma identidade; mas é a tarefa de refazer a boa caminhada de muitos.
Vamos elencar Algumas Virtudes Tipicamente Franciscanas:
MINORIDADE: É a renúncia do status de quem tem, pode e sabe. É não apropriar-se do próprio poder, mas conviver com a força de tudo e de todos. É a renúncia da superioridade. Se o mar, vindo da potência de sua interioridade, não tivesse a coragem de morrer mansamente na praia, não haveria o espetáculo das ondas, não haveria a magia da praia. Muitos ligam a minoridade à pobreza, ao desapego, a desinstalação. Isto á apenas uma natural consequência, uma irradiação do ser menor. A minoridade é um modo de ser, uma forma de vida. É a conformidade com a grandeza e onipotência de um Deus que se revelou na simplicidade de um Menino.
Um Deus, que no seu amor tão grande Encarnou-se em Jesus Cristo e experimentou estábulo, manjedoura, fuga para o Egito, ceia, lavapés, colocou o coração divino nas mãos, nos pés, nas palavras e se misturou na paisagem do humano. A minoridade remete à vassalidade, ao serviço, ao ser servo. Na Carta aos Fiéis, 47, diz São Francisco: “Nunca devemos desejar estar acima dos outros, mas antes devemos ser servos e submissos a toda humana criatura por causa de Deus”. É não usar o cargo como cargo de mando, mas de serviço prestado por amor. Ser menor é amar com um amor que não faz acepção de pessoas. Ama a todos incondicionalmente, ricos e pobres, bons e maus, fracos e fortes, amigos e inimigos, simpáticos e antipáticos. Ser menor é não querer estar acima dos outros ou acima de tudo, mas testemunhar uma presença silenciosa e amorosa.
A minoridade é a humanidade da Divindade . É ver a gritante simplicidade como Deus ama e, sob o filtro do Evangelho, amar assim do jeito do Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo. A minoridade é a consciência e a afirmação do ser criatura. Ser pequeno diante da grandeza de todo ser criado, ser irmão e irmã de toda família criatural, estar num perene estado de gratidão e graça. É como o primeiro e remelento olhar de criança se abrindo ao mundo num encontro de brilhos. A minoridade é fé; não no sentido de conjunto de doutrinas para se crer, mas como admiração, enamoramento, abandono ao colo da vida. Ver todas as coisas com olhar de poeta e sentir-se um nada diante da grandeza de tudo.
Continua
Vamos elencar Algumas Virtudes Tipicamente Franciscanas:
MINORIDADE: É a renúncia do status de quem tem, pode e sabe. É não apropriar-se do próprio poder, mas conviver com a força de tudo e de todos. É a renúncia da superioridade. Se o mar, vindo da potência de sua interioridade, não tivesse a coragem de morrer mansamente na praia, não haveria o espetáculo das ondas, não haveria a magia da praia. Muitos ligam a minoridade à pobreza, ao desapego, a desinstalação. Isto á apenas uma natural consequência, uma irradiação do ser menor. A minoridade é um modo de ser, uma forma de vida. É a conformidade com a grandeza e onipotência de um Deus que se revelou na simplicidade de um Menino.
Um Deus, que no seu amor tão grande Encarnou-se em Jesus Cristo e experimentou estábulo, manjedoura, fuga para o Egito, ceia, lavapés, colocou o coração divino nas mãos, nos pés, nas palavras e se misturou na paisagem do humano. A minoridade remete à vassalidade, ao serviço, ao ser servo. Na Carta aos Fiéis, 47, diz São Francisco: “Nunca devemos desejar estar acima dos outros, mas antes devemos ser servos e submissos a toda humana criatura por causa de Deus”. É não usar o cargo como cargo de mando, mas de serviço prestado por amor. Ser menor é amar com um amor que não faz acepção de pessoas. Ama a todos incondicionalmente, ricos e pobres, bons e maus, fracos e fortes, amigos e inimigos, simpáticos e antipáticos. Ser menor é não querer estar acima dos outros ou acima de tudo, mas testemunhar uma presença silenciosa e amorosa.
A minoridade é a humanidade da Divindade . É ver a gritante simplicidade como Deus ama e, sob o filtro do Evangelho, amar assim do jeito do Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo. A minoridade é a consciência e a afirmação do ser criatura. Ser pequeno diante da grandeza de todo ser criado, ser irmão e irmã de toda família criatural, estar num perene estado de gratidão e graça. É como o primeiro e remelento olhar de criança se abrindo ao mundo num encontro de brilhos. A minoridade é fé; não no sentido de conjunto de doutrinas para se crer, mas como admiração, enamoramento, abandono ao colo da vida. Ver todas as coisas com olhar de poeta e sentir-se um nada diante da grandeza de tudo.
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